Fernanda Serrano deu uma entrevista à revista Caras desta semana, a propósito do seu novo livro, “Não Há Vidas Perfeitas”.
Sobre a escolha do título da autobiografia, “Porque não há vidas perfeitas em lado nenhum e assumo, e sempre assumi, que a minha não o é. Não tenho uma vida plástica, fantástica, muito bonita e feliz. Os meus dias não são todos perfeitos. E tenho muitas fragilidades, momentos tristes, de deceção. Quando era miúda, era muito solar, quase todos os dias eram muito bons. Hoje em dia já não me sinto assim”.
“Sinto o peso da vida em mim, pelo cansaço, pelo desgaste, pela corrosão dos dias. Aos 50, pensa-se muito mais em tudo. Aliás, desde que sou mãe que os meus medos quadruplicaram. Obviamente, isso não me deixa feliz. Vivo sempre preocupada, tenho momentos angustiantes, em que fico tensa, nervosa, menos feliz, embora tente sempre contrariar isso”, acrescentou.
A atriz confessou: “Percebo que desvalorizei a saúde mental e só parei para pensar que é um assunto da maior seriedade quando perdi pessoas, um que me era muito próximo, e não percebi que precisava de ajuda. Perder o Pedro [Lima] teve um grande eco em mim. Andei muito tempo a tentar digerir aquela informação. Foi tão abrupto… Esta perda despertou-me para muita coisa e relato-a no livro. Sem fórmulas mágicas, que não as tenho, mas em verdade, como sou. Não tenho de esconder nada”.
Recorde-se que Pedro Lima faleceu a 20 de junho de 2020, aos 49 anos de idade, vítima de depressão.
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