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Gisela João em reflexão “andar sempre a remar para tentar não me afogar”

A artista está preocupada e acredita que o setor da cultura está a ser negligenciado pela falta de apoio nesta pandemia.

Gisela João deixou no Instagram uma reflexão sobre como o setor da cultura está fortemente negligenciado e abalado pela pandemia.

Gisela João partilhou um longo texto em jeito de reflexão sobre as dificuldades que o setor da cultura está a passar: “Ultimamente parece tão sem cor a palavra concerto, parece que a palavra se esbateu… Não sei nem explicar, mas para mim as palavras têm cor, são fortes e robustas e depois há umas que parece que se vão esbatendo pela falta de uso ou pela falta de credibilidade no momento que são usadas”, começou por escrever.

“Neste caso, CONCERTO deixa-me sempre meio incrédula e muito ansiosa, porque até ao dia vivo com a questão sombria por detrás de todos os meus pensamentos e actos do dia a dia “ SERÁ QUE VAI ACONTECER??
Tenho saudades da minha família da música e de toda aquela família que se conhece da estrada, que monta os palcos, produz os festivais…”, continuou.

A cantora recordou a manifestação que aconteceu há dois dias atrás para chamar a atenção do Governo para um setor que continua a ser fortemente negligenciado e abalado pela pandemia e a artista revela que lá, viu colegas que não via há mais de um ano: “Ontem na manif. vi tanta gente que via quase todas as semanas e que agora não via há mais de um ano. Acordo as 5 da manhã de sobressalto e não durmo mais.”

“Digo que ando ansiosa e não sei porquê. Sei, sei, claro que sei! É isto tudo!
Este andar sempre a remar para tentar não me afogar. Na verdade é o que andamos todos a fazer todos os dias. Arranjam-se tácticas para não ir ao fundo, no meu caso tento, por exemplo aqui, transmitir normalidade, mas nem sempre dá, é que ninguém é de ferro.
É o que todos neste sector temos feito, tentar não endoidecer, mas sem ver terra ao fundo, os braços, esses, já doem muito.”

“Escrevi isto hoje de madrugada quando vi esta fotografia do abraço ao meu Zé Bi , é que só de pensar neles dá-me vontade de chorar e quando os vejo só os quero abraçar, mas depois achei pesado para partilhar e apaguei mas eu ando tão calada…. não consigo fazer de conta. Tinha de dizer.
Não nos larguem a mão, a cultura é mega segura e aos senhores que mandam, AJUDA É NECESSÁRIA.”, rematou.

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