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Bruno Almeida faz reflexão sobre a sua sexualidade e recorda: “Em muitos países dá direito a pena de morte”

O ex-concorrente do Big Brother questiona: "Porque é que um gay tem de fazer o seu "coming out"?".

Bruno Almeida assinalou nas redes sociais o Dia Internacional da Saída do Armário, 11 de outubro.

O ex-concorrente do Big Brother começou por referir: “Nunca senti que tivesse que anunciar ao mundo a minha sexualidade: se um heterossexual não tem que organizar uma palestra para falar da sua sexualidade, porque é que um gay tem que fazer o seu “coming out”?”.

“Entretanto, em 2021 percebi a razão. O meu coming out tem apenas 1 ano. 1 ano de liberdade! Nunca falei do assunto no trabalho ou em família, porque sabia que existiam tabus e preconceitos, até ao dia em que me foi negada a doação de sangue. A humilhação foi tanta, o desconforto foi tão absoluto, que decidi que iria terminar com a diferença, mesmo que tivesse que aparecer em todos os meios de comunicação, mesmo que a minha família, os meus patrões e os meus clientes me começassem a olhar de forma diferente. Sentir-me pequeno e impotente não era um caminho que eu pudesse continuar a seguir, pelo meu bem e da minha saúde mental“, recordou.

Foram 30 anos a andar em “pezinhos de lã” em certos locais e com certas pessoas. Muitos de vocês podem achar que eu sempre falei abertamente do assunto pela forma como o faço… Mas não, foi apenas há 1 ano. Perceber que existia uma norma de saúde que me segregava, além de já me sentir enjaulado em tantas outras situações, foi um wake up call. Poderia dizer que tenho a sorte de viver a minha sexualidade em liberdade, mas isso não é sorte, é um direito humano básico. Porque vejamos, se vocês não querem ter sexo com determinada pessoa, o que vos interessa a sexualidade dela?”, acrescentou.

“Somos carácter. Somos uma imensidão. A sexualidade é um grão de areia daquilo que somos, e se alguém se incomoda com quem nos deitamos, é essa pessoa que tem que se curar, pois ocupar-se com a sexualidade alheia parece-me degradante. Para finalizar, em muitos países, a minha sexualidade dá direito a pena de morte. Para vos ser sincero, preferia não existir, a ter que justificar ou esconder uma parte de mim. Nem sempre fui livre, mas quero comemorar o facto de hoje o ser.🏳️‍🌈“, rematou.

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