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Antigo guarda de campos nazis preso devido a santuário dos massacres

As autoridades alemãs abriram uma investigação a um guarda das SS dos campos de concentração Nazi que manteve um álbum do seu tempo em Dachau. Nele admite que se “divertiu”.

Identificado como Horst P., agora com 87 anos, foi um guarda no campo de extermínio perto de Munique entre 1943 e o final da guerra.

Dachau foi o primeiro campo de concentração Nazi. Foi o modelo para a brutalidade ocorrida em todos os outros locais no Terceiro Reich. Entre 1933 e 1945 assassinaram lá cerca de 36 mil pessoas.

Horst P., que vive em Berlim, foi denunciado como sendo provavelmente um criminoso de guerra pelo Centro Simon Wiesenthal em Israel após estes receberem informações através de sobreviventes do campo.

Ele vive na zona de Gruenau em Berlim com uma companheira 14 anos mais nova. Ele tem uma colagem de fotos com o uniforme da SS em Dachau.

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Por cima das fotos há uma inscrição com as palavras “Mein Kampf”, que significa “A Minha Luta”, que é o título da fanática autobiografia antissemita do seu antigo Führer Adolf Hitler.

Ele disse ao jornal alemão Build: “Sim, eu queria entrar para a SS. Explicaram-me que seria divertido.”

O jornal Build comentou: “Quando ele fala do seu tempo em Dachau parece mesmo que foi divertido.”

Horst P.  continua: “Estávamos com os prisioneiros todos os dias. Era como se fossem nossos companheiros. Até joguei às cartas com alguns. Comi as mesmas coisas. Até havia um certo companheirismo.”

Mas ele não menciona o extermínio ou os assassinatos ou as horrendas experiências médicas realizadas nos prisioneiros pelos médicos da força aérea que queriam testar as reações do corpo humano em águas geladas no intuito de salvar os pilotos caídos no Canal da Mancha durante a Batalha da Grã-Bretanha.

Horst P. acrescentou impenitente: “Se um criminoso causasse problemas denunciava-lo. Depois era levado para uma cela especial. Por vezes, nunca mais o voltava a ver. Mas eu nunca procurei respostas porque não queria que pensassem que me identificava com eles. “

Ele acrescenta: “Se um era estúpido o suficiente ao ponto de não obedecer, então não o poderíamos ajudar mais. Eu queria viver.”

É sabido que há testemunhas que relatam a presença de Horst P.  em espancamentos e execuções em Dachau. Muitos prisioneiros eram frequentemente castigados até à morte. Ainda hoje se pode ver exposições de objectos de tortura dentro do campo de concentração.

Entre 1933 e 1945 mais de 200 mil pessoas de 38 países estiveram presos em Dachau. Pelo menos 30 mil pessoas foram assassinadas, morreram à fome ou de doenças.

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